No meio do ano, entrará em votação na Câmara Legislativa Municipal um projeto de lei dando respaldo legal para a instalação de bilheterias e cobrança de ingressos no valor de R$ 7,55 aos usuários do parque.
A Prefeitura da Cidade de São Paulo recebeu no dia 10 de fevereiro um estudo encomendado a uma empresa de novas soluções em projetos e urbanismo, que objetivava a cobrança de taxa de entrada no Parque do Ibirapuera e servirá de base para esse projeto de lei.
A Assessoria do Parque disse que o parque sofrerá uma mudança de nome, que passará a se chamar Novo Ibira. Nas bilheterias do parque será respeitada a lei de meia-entrada para estudantes, a não cobrança de crianças menores de cinco anos e a isenção a idosos com mais de 65 anos.
Júlio Pires, presidente da ONG Ibirapulmão – criada por frequentadores do parque e moradores da região -, afirmou que a ideia dos vereadores em taxar a entrada dos seus usuários surgiu do déficit das contas da subprefeitura que administra o parque pois, segundo ele, o montante repassado pela prefeitura não chega a pagar a filtragem da água do lago e a poda das árvores da entrada do obelisco.
“Agora, repassar mais este custo à população que utiliza esta área verde e já paga os impostos é lamentável”, concluiu Júlio.
O Parque arrecada R$ 1,2 milhão entre licenças para pontos de venda como lanchonetes e no aluguel dos espaços culturais para exposições e bienais. A Prefeitura repassa outros R$ 600 mil. Mesmo assim, o custo operacional do parque ultrapassa o valor arrecadado e chega a R$ 3,4 milhões por mês. Daí surgiu a ideia de cobrar a entrada ao Parque.
Porém, a dúvida que fica é a seguinte: já não pagamos impostos o suficiente para que possamos usufruir de um lugar que deveria ser de domínio público? Um dos únicos refúgios gratuitos que havia em São Paulo agora também será pago. Novidade…